quinta-feira, 8 de maio de 2008

Doação de córnea cresce 23% em São Paulo

A doação de córneas no Estado de São Paulo cresceu 23% nos três primeiros meses deste ano comparado com o mesmo período do ano passado. A média mensal de captações foi de 362 córneas neste ano e 292 em 2007. Esse número representa a quantidade captada pelo Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), que atende parte do Interior e da Capital paulista. Com esse aumento significativo de doações, o número de pessoas na fila pelo transplante apresentou uma queda de 7%, comparado com o mesmo período em 2007. A espera pela cirurgia, que antes se prolongava por até 24 meses, caiu para pouco mais de seis meses no Estado. Hoje, a Central de Transplantes de São Paulo possui 2.093 pessoas na fila de espera pela doação. Em Campinas, esse resultado também é significativo. O tempo médio de espera, de 12 meses diminuiu pela metade graças à integração da cidade à área de atuação Banco de Olhos de Sorocaba. O número de doações poderia ser bem maior, já que um estudo recente do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, apontou que 85% das pessoas são favoráveis a doar órgãos, mas só 43% comunicam as famílias. Dessa forma, a maioria impede a captação, que só pode ser feita com o consentimento de um parente. Contudo, o oftalmologista e diretor do Banco de Olhos de Campinas, Leôncio Queiroz Neto, acredita que esse é o melhor número de captações de córneas dos últimos 20 anos. "Trabalho há 25 anos e nunca vi uma redução dessas na fila de espera. O transplante já tem 70 anos de história e a rejeição é de menos de 1%", afirmou Queiroz Neto, que já realizou cerca de 2,3 mil transplantes de córneas.

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