
Márcia Marina Alberti de Castro Silveira, aluna de letras do primeiro ano, conquistou o segundo lugar do prêmio literário. Com o título “Traição”, a aluna do curso de letras da Faculdade Anhanguera de Indaiatuba, conquistou o segundo lugar e mil reais como prêmio do 18º Concurso Nacional de Poesia Augusto dos Anjos, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Leopoldina, no último dia 30. O concurso bateu o recorde de inscrições com mais de 420 participantes do Brasil inteiro. A coordenadora do curso de Letras da Faculdade Anhanguera de Indaiatuba, Cristina Betioli Ribeiro, parabeniza a aluna e diz que o prêmio, que é resultado da combinação das habilidades de Márcia com o aprendizado em sala de aula, é um incentivo a mais para a carreira profissional da aluna.
Conheça abaixo a poesia pela qual Márcia foi premiada.
Traição
Ele me olha -- no olhar dele eu vejo
Mais do que luxúria e desejo,
Mais do que a carnal satisfação.
Eu fechei os olhos por um momento,
E tu estavas em meu pensamento
Enquanto ele jazia em meu colchão.
Ele me toca -- a minha pele ardente
Vontades irresistíveis pressente...
Eis que eu juro sentir o teu contato.
As mãos firmes me apertam, cobiçosas,
E eu imagino serem as suas, ansiosas...
Então, inutitliza-se o meu recato.
Ele me beija -- esse beijo quase imoral
Traduz o desejo fatal
Que ele sente e que eu sinto.
Depois, me interrompe -- por mais eu clamo,
Ele me pergunta se, de verdade, o amo,
E, olhando nos olhos dele, eu minto.
Ele me ama -- eu finjo também amá-lo...
Transformando-o em meu vassalo
Satisfaço a ânsia que me consome.
Mas, no êxtase último do meu frenesi,
Meu pensamento estava em ti,
E eu disse, baixinho, o teu nome.
Ele parte -- olho-o com o amor ausente
Que meu olhar, de certo, desmente...
Meu olhar, um amor infinito traduz.
A falta que me fazes, com outro, supro,
Percebo uma sensação análoga ao estupro...
Amar-te e tê-lo jamais -- eis a minha cruz.
Márcia Marina (11 de abril de 2009).
Traição
Ele me olha -- no olhar dele eu vejo
Mais do que luxúria e desejo,
Mais do que a carnal satisfação.
Eu fechei os olhos por um momento,
E tu estavas em meu pensamento
Enquanto ele jazia em meu colchão.
Ele me toca -- a minha pele ardente
Vontades irresistíveis pressente...
Eis que eu juro sentir o teu contato.
As mãos firmes me apertam, cobiçosas,
E eu imagino serem as suas, ansiosas...
Então, inutitliza-se o meu recato.
Ele me beija -- esse beijo quase imoral
Traduz o desejo fatal
Que ele sente e que eu sinto.
Depois, me interrompe -- por mais eu clamo,
Ele me pergunta se, de verdade, o amo,
E, olhando nos olhos dele, eu minto.
Ele me ama -- eu finjo também amá-lo...
Transformando-o em meu vassalo
Satisfaço a ânsia que me consome.
Mas, no êxtase último do meu frenesi,
Meu pensamento estava em ti,
E eu disse, baixinho, o teu nome.
Ele parte -- olho-o com o amor ausente
Que meu olhar, de certo, desmente...
Meu olhar, um amor infinito traduz.
A falta que me fazes, com outro, supro,
Percebo uma sensação análoga ao estupro...
Amar-te e tê-lo jamais -- eis a minha cruz.
Márcia Marina (11 de abril de 2009).
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